Ano Novo

>O Ano Novo é 2011

Posted on dezembro 30, 2009. Filed under: Ano Novo, Economizar, investir, jornal, Lula, otimismo, velhice |

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Por Carlos Chagas

Amanhã, último dia do ano, ressurgirão as tradicionais e desmoralizadas resoluções de Ano Novo.

Parar de fumar. Comer menos. Beber pouco. Dirigir com atenção. Fazer exercícios físicos. Tirar a pressão com freqüência e marcar hora no cardiologista.


Dar mais atenção e carinho à mulher e os filhos. Ser tolerante com os subordinados e deixar de puxar o saco dos patrões. Economizar e investir o possível, para evitar dificuldades na velhice.


Integrar-se a campanhas cívicas como o combate à violência e à impunidade. Ingressar num partido político empenhado em promover a justiça social. Participar da vida nacional lendo jornais, mesmo para contrariar opiniões e tendências. Aprender a lidar com a parafernália eletrônica que nos assola. Ver menos televisão, banindo o lixo que as telinhas apresentam cada vez com mais intensidade.


Desta vez, será para valer. Ideologias à parte, chegou a hora do Homem Novo.


Como se trata de uma despedida, melhor aproveitar as últimas horas do que não acontecerá mais. Afinal, ninguém é de ferro, As festas já começaram a acontecer, mesmo para quantos não aproveitaram o recesso iniciado no Natal. O diabo é que amanhã começamos como terminamos, prenúncio de nenhuma mudança.


Também, é bom manter o otimismo. As resoluções acima referidas são para o Ano Novo que, salvo engano, começa em janeiro de 2011…


O MESMO DE SEMPRE


O presidente Lula termina o ano exatamente como começou: queixando-se da imprensa. No seu último pronunciamento de 2009, criticou a cobertura jornalística das atividades do governo, do Congresso e do Judiciário. Voltou a questionar as notícias que lê, ouve ou assiste, em suas palavras referentes apenas a fatos ruins. Tomou-se de dores em nome do Legislativo, acentuando que a avaliação da mídia é sempre negativa. O conjunto dos trabalhos do ano é positivo, mas os jornalistas teimam em optar pela condenação coletiva e o reconhecimento individual.


Não dá mais para um cidadão entrado nos sessenta anos mudar de concepções, mas se fosse possível sensibilizá-lo, bastaria um estudante do primeiro ano de jornalismo lembrar que notícia é o inusitado, não a rotina. A velha história de que se um cachorro morde um homem, não vai para as páginas do jornal, mas se um homem morde um cachorro, vai. Os aviões estão saindo no horário, assim como os deputados e senadores reúnem-se a semana inteira nos plenários e comissões? Não é notícia. Mas se faltam e viajam para seus estados nas quintas-feiras de manhã, só retornando às terças de tarde, vão para a mídia, em especial quando montes de vôos foram cancelados ou saíram atrasados.


Não adianta tentar convencer o primeiro-companheiro, mesmo quando abusos sem conta são cometidos pelos meios de comunicação. É assim que ele é e continuará sendo, apesar de que pelo menos uma vez na vida deveria dar atenção ao provérbio árabe, sobre ser melhor acender um fósforo do que amaldiçoar a escuridão. Fonte: Claudio Humberto


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>Cinquentinha num piscar de olhos

Posted on dezembro 20, 2009. Filed under: Ano Novo, Cinquentinha, Natal, olhos, pensamento, piscar, sexo frágil |

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Ano novo chegando, clima de Natal, nada melhor para se fazer um balanço da vida. Até parece ser uma obrigação, da mesma forma como achamos que esse é o tempo de refletir sobre o que ainda podemos realizar nos próximos 12 meses. Considerando tudo isso e no ritmo do seriado Cinquentinhas, me lembrei que no nobre ano de 2010 estarei completando os meus 50 anos. Não tenho problema com idade, mas o cinco ponto zero certamente me remeterá a muitos questionamentos.

Incrível chegar aos 50 anos. Há pouco tempo parecia tão longe. Quando a gente tem 10 quer logo alcançar os 15 e daí 18, 20. A partir dos 30, tenho a impressão que o calendário acelera e tome 40, 50, 60. Epa vamo parando!… A modernidade deu a mulher a independência financeira, mas sobrecarregou o antigo sexo frágil. Mas ainda assim – não é por nada não, tá! – nos dias atuais ter 50 anos não significa o mesmo que em décadas passadas.

As rugas cravadas no meu rosto fazem parte da minha história. Aliás, há bem pouco tempo que me dei conta do quanto estou envelhecida, não sei exatamente definir se de alma ou de corpo, ou quem sabe os dois de uma só vez. O que eu posso dizer às vésperas dos cinquentinha? Sobretudo que, mesmo diante de tantos percalços, viver intensamente é o único modismo que o ser humano não deveria deixar de lado. A visão de mundo da gente vai se alterando com o passar do tempo e, muito raramente, não muda para melhor.

Creio que posso falar sobre isso com certa tranquilidade e satisfação. Sim, fui feliz e quero ser mais ainda! A rebeldinha caçula do seo João e da dona Nair que militava escondido no movimento estudantil nas décadas de 70 e 80 virou jornalista aos 22 como sempre desejou. Casou como quis. Teve filhos. E trabalha desde os 15. Para os 50 anos, planejo ser bem moleca de novo. Afinal, uma pitada de rebeldia em plena maturidade deve ser um tempero interessante.

Desculpe aí, tá. Mas quando a gente escreve o pensamento vai fluindo livre e às vezes sai andando em variadas direções. O meu me fez voltar à infância. Aquela inocência toda e menor ideia do que significava o tempo e o calendário mudando com uma velocidade quase cibernética. Dos anos 60 para 2010. Meus Deus! A menina do velocípede azul – era assim que se chamavam as motocas – que se sentia livre ao dar uma escapadinha do olhar atento da mãe, à cinquentinha que, pelo menos em tese, pode ir onde desejar sem falar nada a ninguém. É… crescer, envelhecer tem essas coisas.

Brindo os meus cinquentinhas que serão consagrados em maio com todas as cinquentinhas espalhadas por aí, minhas colegas de década. E sugiro: gente, que tal o exercício do perdão, o exercício da sofreguidão, o exercício do simples exercício… Na verdade, gastamos muito a vida em divergências, no confronto, quando o legal é conseguir atingir um estágio de equilíbrio em que a sensatez prevaleça sobre tudo. Eu digo sinceramente que estou nessa busca. Muitas vezes, admito, dou um passo à frente e dois para trás. Este ano que se vai não foi lá essas coisas. Mas como a eternidade se encarrega de tudo, tenho esperança.


Autora: Margareth Botelho é jornalista em Cuiabá, diretora de Redação de A Gazeta
e-mail: margareth@gazetadigital.com.br – Fonte: A Gazeta

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>Quem sabe agora no lugar certo

Posted on dezembro 13, 2009. Filed under: Ano Novo, bom Natal, Chico Buarque, Goiás, Natal, Reflexão, Vencer, virada |

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A chegada do Natal e da virada de mais um ano nos remete, ainda que involuntariamente, à reflexão sobre o que fizemos de nossas vidas nos últimos 12 meses e o que podemos modificar – e lógico para melhor – na próxima temporada do calendário. É de novo a vez de varrer tudo aquilo que nos fez infeliz e estabelecer metas, nos permitindo no meio de um turbilhão que foi o atual ano traçar planos atraentes e quem sabe até sonhar aquele sonho tido como impossível. Tal qual a canção “Sonho Impossível”, versão de Chico Buarque, que diz “Quantas guerras terei que vencer… Vou saber que valeu delirar… E assim, seja lá como for, vai ter fim a infinita aflição…”


Mas uma boa dica para a virada do ano, nos moldes lá da minha terra Goiás, é escolher com cuidado o local onde passar da meia-noite do 31 de dezembro para a 1ª hora de janeiro. Admito ter sido péssima minha escolha ao passar de 2008 para 2009. Estive nesse exato segundo no lugar errado e na hora errada e, como tenho fortes as minhas raízes goianas, espero escolher melhor com quem, onde e como entrar em 2010. Reza a tradição que o que se faz nesse momento pode-se repetir pelo resto do ano que chega. Para mim, confesso, 2009 foi fatal e acabou sendo como um furacão, devastador. E creio que fiquei à deriva… e haja estoque de lágrimas. Credo!


Não pretendo nem de longe dar receitas de vida. Falo em nível pessoal. Venci batalhas quase impossíveis e agora é preciso concentrar a energia, arregaçar as mangas e pôr a mão na massa. E como diz a mesma canção que citei acima: ” Lutar, quando é fácil ceder; Vencer, o inimigo invencível… Romper, a incabível prisão…”. Então, vamos lá. Não pretendo me perder num amontoado de desejos, deixando a mente dispersa e depois não ser capaz de finalizar nenhum deles. O legal é dar o primeiro passo e hei de conseguir, ainda que tenha em mente uma mirabolante lista de prioridades.


Antes de prosseguir meus devaneios, não quero ser de toda ingrata com 2009. Se foi um ano daqueles de fazer qualquer um arrancar os cabelos, tenho por dever lembrar também das lágrimas que não foram de lamento e sim de felicidade. E na condição prazeirozíssima de mãe, não poderia deixar de citar a emoção de ver minha filha mais velha formar-se tão jovem em Direito e de primeira passar no temido exame da OAB. Também no âmbito familiar, os avanços da minha caçula tão peralta e do meu filho, que me surpreende a cada dia pela forma sensata de encarar a vida e até de se permitir me dar uns puxões de orelha. Não poderia deixar de registrar o apoio do meu irmão e irmãs, sobrinhos, sobrinhas, etc, e, principalmente do meu pai, que, na sabedoria dos seus bem vividos 87 anos, é o meu esteio. Sim, também não deixo de lado amigos e amigas que me estenderam a mão em horas difíceis e comemoraram comigo minhas vitórias.


Mas com 2010 bem aí na porta, vamos começar definindo qual é a nossa prioridade. Se você ainda não tem isso claro, faça uma lista de tudo que lhe vier à mente. Encha quantas folhas de papel forem necessárias. Sonhar demais não faz mal, desde que não percamos o norte do mundo real. Com o coração aberto, vou tentar eliminar o que considero o pior dos sentimentos humanos e talvez o mais limitante de todos: a indecisão. Dizem que ela é prima-irmã da depressão. Essa doencinha básica, já definida como o mal do século!


Uma outra forma de reduzir a ansiedade diante dos impasses é conduzir nossas vidas tal qual a regra número 1 dos Alcóolicos Anônimos (AA). Para eles, dependentes do álcool, o lema é evite o primeiro gole. Para nós, seria viver um dia de cada vez. Sim, esta pode ser uma grande saída para quem precisa começar a agir e não consegue. Viver um dia de cada vez implica em um plano de recuperação mental, um compromisso com a gente mesmo e menos rigidez de pensamento consigo próprio. Na verdade, somos nós os piores inquisidores de nós mesmos. Usamos muito tempo para lamentar o que fizemos no passado ou o que deixamos de fazer.


Nos preocupamos demais com as perdas, esquecemos que podemos ganhar. Insistimos em deixar o passado vivo dentro de nós ou no contraponto saltar ao futuro. Por isso, o lema adaptado do AA, um dia de cada vez. Viver o presente, ou seja, cada 24 horas, pode resultar em mudanças morais, na ampliação da capacidade de enxergar oportunidades, melhorar a autoestima, ouvir mais, ter mais fé, confiança e se entregar. Pois é, dona Margareth e aqueles que concordam com todas essas reflexões, mãos à obra. Grandes gênios da história foram considerados loucos por insistirem em ideias que somente para eles faziam sentido. E de quebra, mais um trecho da música de Chico Buarque: “…Romper, a incabível prisão… Voar, num limite improvável… é minha lei, é minha questão… E o mundo vai ver uma flor, brotar do impossível chão!” Antecipadamente, um bom Natal a todos e uma virada de muitos graus no seu Ano Novo.

Autora: Margareth Botelho é jornalista em Cuiabá. Fonte: A Gazeta . E-mail: margareth@gazetadigital.com.br

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